segunda-feira, maio 30, 2016

Depressão

Depressão: um medo real
Procurar ajuda especializada ajuda na superação da dor
Por Luciana Kotaka

Quando falamos em depressão, temos a impressão de estar entrando em contato com alguns fantasmas, pois é uma doença que vai se apropriando de nosso ser, nos carregando para o fundo do poço.

Ela faz parte do grupo de doenças da nossa atualidade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde, em Genebra), ela está entre as três doenças que agravam cada vez mais a qualidade de vida das pessoas. Essa doença afeta duas vezes mais as mulheres, do que os homens.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que até 2020 a depressão passará da 4ª para a 2ªcolocada entre as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo. No mundo, estima-se que 121 milhões de pessoas sofram com a depressão – 17 milhões delas somente no Brasil e, segundo dados da OMS, 75% dessas pessoas nunca receberam um tratamento adequado.

Diante desses fatos, ficamos assustados com a crescente onda de depressão que vemos em nossa volta, sejam na família, com amigos, vizinhos, ou em alguns casos, até em nós mesmos.

O corpo grita a sua maneira, tentando nos mostrar que algo não vai bem, e que precisamos procurar uma forma de solucionar questões tanto orgânicas como emocionais, que em sua totalidade nos leva a ficar doentes.

Quando começamos a sentir uma tristeza profunda, da qual não temos controle, passam–se dias, semanas, meses e o quadro não melhora, precisamos de ajuda especializada. Poder avaliar as causas que estão nos mobilizando é o primeiro passo, pois muitas vezes uma simples intervenção pode modificar o quadro, em outras situações, precisamos ir mais a fundo, verificar o ponto central da doença, antes que ela tome conta. Nesses momentos, quando deixamos com que os sintomas tomem conta, podemos identificar:

•Falta de otimismo, humor deprimido;
•Dificuldades em pegar no sono, ou mesmo dormir em excesso (fuga);
•Atividades antes prazerosas se tonam pesadas;
•Dificuldade de concentração;
•Sentimento de pesar ou fracasso;
•Alteração no quadro alimentar.

O desequilíbrio bioquímico dos neurônios que são responsáveis pelo controle do estado de humor, como também acontecimentos estressantes na vida das pessoas podem desenvolver o quadro depressivo. Alguns exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda ou mudança de emprego, doença grave, decepções amorosas, mudança de cidade.

Porém cada ser humano é único, e o grau de vulnerabilidade também, não sendo o mesmo acontecimento vivenciado de forma idêntica, de uma pessoa para outra.

Sendo assim, o trabalho do psiquiatra como do psicólogo são fundamentais nesses casos, onde serão avaliadas várias situações de vida, tanto orgânicas como emocionais, na busca de um equilíbrio e enfim, o bem estar do paciente.

Falar das dores que lhe consomem, favorece a reflexão do andamento da vida de cada indivíduo, favorecendo mudanças na vida real, ou mesmo reorganização de crenças, atitudes, que de alguma forma o impede de alcançar a felicidade.

O mais importante é olhar para esse momento, identificar o que precisa ser mudado e partir em busca do recomeço.



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