terça-feira, julho 28, 2009

Nossa Liberdade

Nossa Liberdade
Paulo Roberto Gaefke

Mesmo solitários, não deixamos de ser duas partes...
Uma, deseja ficar em profundo silêncio...
Outra quer gritar ao mundo o desejo de amar.
Mesmo doentes, não deixamos de ter dois desejos...

Um quer a cura imediata, sair da prostração, Outro quer permanecer cercado de cuidados, atenção...
Mesmo perdidos em nossos devaneios, não deixamos de desejar dois destinos...
Um quer a glória passageira da fama, Outro quer apenas a vitória sobre nossos dramas, ser feliz no anonimato do tempo.
Somos assim, concâvo e convexo.

Luz e escuridão em uma mesma alma, uma parte que ri de qualquer coisa, e outra que chora por nada.
Contradição e certeza, Amor e desinteresse, Paz e guerra, Desejos e saciedade.
Estranhos personagens que habitam em nós, nessa novela chamada vida.

Contradição e certeza, Amor e desinteresse, Paz e guerra, Desejos e saciedade.
Por isso, não se estranhe!
Viva cada momento da sua vida com intensidade, lembre-se mais das coisas boas...

E por favor, esqueça-se dos maus momentos.
Aposente as dores, distraia a ilusão, faça um trato com o amor, e ame muito
E mais do que nunca, Esqueça qualquer rancor
Perdoe todas as ofensas, todas as pessoas...

As que já fizeram algo que você não gostou, E aquelas que ainda nem erraram.
Seja livre!
Tudo só vale a pena com a liberdade!

Até para dizer que quer ficar preso ao velho amor, preso ao velho emprego, preso ao velho sonho, preso em você.
Isso é liberdade total!
Essa capacidade de dizer que se ama e que vale a pena ser feliz é uma doce prisão da nossa liberdade de ser simplesmente o que somos!


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