segunda-feira, agosto 22, 2011

Dando a volta por cima, desempregado

DANDO A VOLTA POR CIMA, DESEMPREGADO

Dicas de como se comportar quando se fica desempregado.

Espero que minha experiência nesta área possa ajudar àqueles que em algum momento passar pela situação de estar fora do mercado de trabalho, por qualquer motivo que seja.

Sempre acreditei que pessoas competentes e com vontade de trabalhar não ficam sem trabalho. Também tenho a certeza que as coisas só podem ser boas para os dois lados envolvidos.

Ocupava eu a posição de gerente administrativa e comercial de uma indústria de montagem de painéis elétricos em Contagem-MG, já há quatro anos.

Fizemos uma excelente venda, porém o cliente só pagou 50% do que devia gerando com isso enormes problemas financeiros.

Reunimo-nos para decidir as medidas a tomar para passar por esta tempestade.

Precisávamos cortar despesas e o setor onde estas eram mais altas eram no setor de pessoal, naquele momento cabeças precisavam rolar.

Após diversas considerações, principalmente o fato de termos nossa capacidade de industrialização em seu melhor momento, com muitos pedidos em casa, cheguei à conclusão que a pessoa que deveria ser dispensada era eu mesma.

Não tinha medo disso e naquele momento era o melhor para a empresa. Vejam acima, no segundo parágrafo, algumas de minhas crenças.

Estava estruturando a empresa para sair e montar uma filial em Salvador, já que meu maior objetivo era voltar para a Bahia, terra que havia me apaixonado quando morei lá. Sem grana a empresa não poderia montar esta filial. Havia implantado a ISO 9001, um depto. de vendas e diversos processos que indicavam que a empresa poderia andar sem minha presença.

É claro que mesmo ganhando bem tinha certeza que dava lucro para a empresa, mas o meu era o maior salário e cortando este daria certa folga naquele momento crítico.

E aí o que fazer desempregada? Nem no sonho imaginava que isto iria acontecer... Vejam como foi isso:

Primeiro precisava assimilar a idéia, e isto teria que ser rápido;

Depois pensar no que tinha que pagar. Tinha diversos compromissos financeiros: duas filhas na faculdade (o ex-marido, pai das duas não ajudava em nada) estava fazendo MBA por conta própria no IBMEC, pagava prestação de carro, de apartamento, ajudava meus pais. Enfim as despesas eram grandes;
Estudar minha situação financeira para ver como cumprir com os compromissos. Não tinha carteira assinada, portanto nada de FGTS. Se eu estava saindo porque a empresa estava com problemas financeiros é claro que meu acerto foi com pagamentos parcelados.

Isto sem falar que boa parte de meu pagamento era comissão, e a parcela referente à venda que causou tudo isto foi por água abaixo na parte que não haviam recebido e eu já contava com tal comissão;

Planejar o que fazer naquele momento, como chegar ao futuro sem muita dor de cabeça;

Estruturar-me emocionalmente para ficar um tempo em casa. Tinha 47 anos, o que sabia iria dificultar minha entrada nas empresas.

Aí fiz o seguinte:

Tinha consciência que ficar em casa sem fazer nada iria com certeza abaixar meu moral e aumentar minhas preocupações.

Precisava urgentemente ter alguma atividade para o período sem emprego.

Como tinha planejado ser palestrante quando me aposentasse, ou seja, deixasse de trabalhar só para uma empresa por vez, pensei que estava na hora de planejar melhor tal atividade.

Rapidamente enxerguei que para conseguir ter sucesso nesta atividade precisava escrever um livro, o que me daria muito mais credibilidade.

Assim, durante dois meses procurei algumas pessoas que poderiam me ajudar a me recolocar no mercado e escrevi um livro. Foi uma experiência fantástica, ler livros novos, reler outros que achava importantes, pesquisar na internet e em bibliotecas.

Enfim, quando vi estava com um emprego arrumado e há dois meses trabalhando uma média de 16 horas por dia de domingo a domingo escrevendo o livro.

Deixo as seguintes dicas:

Primeiro não se deixe abater pelo desespero, as empresas não querem saber que você precisa delas, querem saber o que pode fazer por elas;

Saiba que empresas que só empregam pessoas que estão precisando de trabalho, aqueles coitadinhos, não querem pagar o que valem. Empresas que querem profissionais competentes e que pagam o que estes merecem, buscam no mercado aqueles que podem ajudá-las a crescer;

Jack Welch, ex CEO da GE e considerado o maior executivo do século passado, diz que 10 % dos profissionais nas organizações estão prontos para serem mandados embora. Então, se você foi dispensado porque a empresa precisava diminuir o número de colaboradores em algum momento de crise, provavelmente fazia parte destes 10%. As estrelas, aquelas que ajudam a empresa a ir para frente ficam.

Mesmo em momentos de crise. Analise onde errou. Veja como estava agindo nos últimos tempos em seu trabalho. Aprenda com seu erro!

Organizações precisam dar lucro e, portanto não podem ficar olhando o que você fez no passado, precisam ver quais são seus resultados no momento;

Monte uma estratégia para passar pelo processo de seleção. Alguns levam meses e o que mais tira pessoas de vagas onde com certeza poderiam ter sucesso é o lado psicológico e não o conhecimento. Você precisa falar a verdade, mas pode mudar a sua forma de ver esta verdade e assim conseguir reverter à situação. Evite ser um derrotado. Procure mostrar que aprendeu com o erro e cresceu como profissional. Seja um otimista e não um pessimista. Mostre o que pode fazer de bom pela empresa;

Converse com ex-colegas e ex-chefe descubra onde errou e mude para melhor. Dizem que pau que nasce torto morre torto. Já que você não é pau pode mudar. Só não erra quem não faz!

Coloque o poder de seu subconsciente para trabalhar para você. Imagine como deve ser seu emprego ideal. Peça tudo que achar importante. Acredite, você merece! Só não peça pensando somente em você, porque negócios bons para um lado só, acabam.

Não fique lamentando o que passou, senão não vai enxergar as novas oportunidades que irão aparecer;

Peça ajuda. Procure as pessoas que você acha que pode te ajudar e ofereça trabalho. Mas tome cuidado porque ninguém irá te indicar se não confia em você.

E tenha sucesso!
Sonia Jordão

segunda-feira, agosto 15, 2011

Dia do Solteiro(a)


Solteirice não é sinônimo de solidão
Ceci Akamatsu

Ao pensarmos rapidamente, associamos o "estar solteiro", ao simples fato não ter um parceiro afetivo. Porém, se olharmos mais profundamente, perceberemos como muito mais coisas podem estar por trás dessa palavra. Quando ouvimos que alguém está solteiro, diversos sentimentos podem passar em nossa cabeça: para alguns denotará algo alegre, como diversão, farra, liberdade. Para outros, serão associados significados mais tristes, como solidão e sensação de que falta algo, de estar incompleto. Estar solteiro é um estado civil no mundo externo, no seu significado convencional, mas em nosso mundo interno pode ter vários sentidos.

CONSEQUÊNCIAS DE NOSSAS ESCOLHAS

Muitas pessoas acham que a solteirice deve ser um estado transitório, um momento em que nos preparamos para ter um par, como se ter um relacionamento fosse o objetivo de se estar solteiro. Essa é justamente uma das causas do sentimento de solidão que muitas vezes sentimos quando estamos solteiros. Se partimos do princípio que nosso objetivo é encontrar alguém, criamos o sentimento de falta dentro de nós. Ter vontade e querer encontrar um parceiro é diferente de ter isso como objetivo, como algo que precisa acontecer em nossa vida. Portanto, solteirice e solidão só estão associados quando assim escolhemos.

Basta lembrar que podemos nos sentir solitários mesmo estando em um relacionamento. O sentimento de solidão e de falta são consequência das escolhas que fazemos em relação ao modo como queremos vivenciar nossa vida. Estão longe de ser causadas pelo que está fora de nós, como pelo fato de não ter um parceiro amoroso.

Há quem não goste de estar solteiro e reclame da falta de uma companhia, de alguém para dividir sua vida. Tais pessoas sentem-se muito mal e perdem até a vontade de sair de casa e de participar de atividades sociais, afinal estão todos acompanhados e estar só é uma situação constrangedora. De fato, existe uma pressão externa das pessoas, quase como uma regra que exige que tenhamos um par afetivo, como um pré-requisito de ser um pessoa normal ou bem sucedida. Principalmente a partir de certa idade, é quase uma obrigação ter um parceiro. Porém, nós é quem escolhemos acatar ou não essa regra social. Não há certo ou errado, mas se escolhemos acatá-la, escolhemos também vivenciar o mal-estar que essa escolha representa ao estar só, e portanto teremos de arcar com os sentimentos de frustração.

Será que estar solteiro realmente é algo assim tão difícil para a vida social, ou somos nós quem colocamos muito peso e valor à regrinha de "ter que" possuir um parceiro?

DISFARCES, MEDO E APRENDIZADOS PESSOAIS

Se para muitos estar solteiro é visto como algo negativo, para outros é sentido como sinônimo de liberdade. Ainda que aparentemente quem percebe a solteirice de modo positivo esteja bem resolvido, isto não necessariamente é verdade. Toda a movimentação social e convicção ao dizermos que preferimos estar solteiros podem ser simplesmente uma disfarce para o medo e para a fuga dos relacionamentos mais profundos. A constante companhia de outras pessoas, ou os seguidos relacionamentos românticos superficiais podem não ser uma escolha de curtir a vida desta maneira, mas distrações que refletem a fuga em lidar com nossas próprias dificuldades de relacionamento. As pessoas costumam dizer que os relacionamentos são difíceis, mas os relacionamentos são relacionamentos, nem fáceis nem difíceis. Somos nos quem ainda não aprendemos a lidar com eles e conferimos a eles essa qualidade. A dificuldade está em nós e não na relação. Se a outra pessoa é difícil, ela nada mais é do que um reflexo de nossa própria falta de habilidade em nos relacionar.

Como saber se estamos nos deixando levar pelas pressões internas ou externas e deixando de fazer nossas verdadeiras escolhas? Geralmente os sentimentos autênticos e disfarçados se misturam e cabe a nós utilizar toda a nossa honestidade com nós mesmos para reconhecer o quanto estamos nos iludindo. Só mesmo cada um de nós lidando individualmente com nossa verdade mais profunda pode descobrir isso. Pode ser estranho, desagradável e até dolorido reconhecer como nós nos enganamos. Podemos sentir vergonha e culpa em assumir, nem que seja para nós mesmos, aquilo que consideramos "fraquezas" ou "fracassos", mas que na realidade são apenas nossos desafios e aprendizados pessoais.

Não importa se estamos sós ou acompanhados, enquanto nosso foco estiver na opinião das pessoas, na existência ou não de um parceiro afetivo, ou em qualquer outra coisa lá fora, estaremos continuamente sujeitos aos sentimentos de insegurança e frustração. Podemos sim, enquanto solteiros, verdadeiramente nos preparar para um novo relacionamento e curtir a vida social e relacionamentos mais superficiais, porém, isso só é possível quando é uma escolha verdadeira e sincera com nós mesmos, e não uma resposta às nossas carências e pressões externas, ou uma fuga de nossas questões mal resolvidas internamente.

Se soubermos reconhecer o que efetivamente se passa dentro de nós, saberemos curtir a nossa individualidade e estaremos felizes, independente do estado civil!

quarta-feira, agosto 10, 2011

Elegância

SER CHIQUE SEMPRE - GLÓRIA KALIL

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é ser discreto.

Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.

É lembrar-se do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.

É "desligar o radar", "o telefone", quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade.

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!

Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas, Amor e Fé nos tornam humanos!