Benefícios do consumo de gengibre
Estudos recentes comprovam as vantagens no consumo dessa
raiz
Por Carolina Werneck
Raiz popular na época das festas juninas, por ser muito
utilizada no quentão, o gengibre é uma planta de origem asiática, mais
precisamente da região da Ilha de Java, da Índia e da China, que foi trazida ao
Brasil pelos colonizadores ainda durante o primeiro século após o
descobrimento.
Apesar de sua relação histórica com o Brasil parecer longa,
o gengibre já era utilizado há muito mais tempo, tanto na alimentação quanto na
medicina. Há registros de seu consumo que datam de mais de cinco mil anos. Mais
recentemente, são inúmeros os estudos a respeito de suas propriedades
terapêuticas e medicinais. O gengibre é, de acordo com a ciência, uma ótima
opção no tratamento de diversas doenças.
O óleo essencial do gengibre possui substâncias como o
canfeno, o felandreno, o zingibereno e a zingerona. A combinação desses
componentes é o que lhe confere as propriedades necessárias para ajudar a
combater essas enfermidades.
O gengibre atua como descongestionante e mostrou-se eficaz
no tratamento de gripes, resfriados e tosse, além de ajudar a amenizar os efeitos
da ressaca. Essas propriedades já são conhecidas há muito tempo pelos
profissionais da música, que são adeptos dos chás, xaropes e balas de gengibre
para “limpar” a garganta e melhorar a qualidade da voz. Também é um ótimo
antisséptico e anti-inflamatório.
Em declarações recentes, a Organização Mundial de Saúde
(OMS) reconheceu os efeitos positivos do gengibre para o bom funcionamento do
sistema digestivo. Segundo especialistas, a ingestão regular de gengibre evita
náuseas e enjoos, e a raiz pode ainda ser eficaz na prevenção de úlceras e
ferimentos, por possuir características bactericidas.
De acordo com pesquisadores do Instituto Hormel, que faz
parte da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, o gengibre seria ainda
útil para ajudar a retardar o desenvolvimento de tumores no intestino – ação
associada ao gingerol, que é a substância responsável pelo sabor peculiar da
raiz.
Também nos Estados Unidos, na Universidade de Michigan, os
estudos estão focados nas propriedades do pó extraído do gengibre, que seria um
aliado eficaz no tratamento do câncer de ovário. Isso se deve à ideia de que
suas características levam as células cancerígenas a cometerem apoptose, que é
um tipo de suicídio celular e autofagia (canibalismo).
Já no Brasil estudiosos da Universidade de Campinas
(Unicamp) apontam a planta como benéfica para o sistema circulatório. As
vantagens do consumo são tantas que, mesmo para quem não é muito fã do sabor
exótico do gengibre, vale a pena incluir essa especiaria na alimentação diária,
ainda que seja apenas como afrodisíaco – outra propriedade sua, conhecida de
longa data.
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