quinta-feira, novembro 19, 2009

Mulher independente

No amor, mulher independente teme assustar os homens
Demonstrar suas fragilidades e aceitar os cuidados deles não vai abalar a independência
Por Natalia do Vale

Elas assumem multifunções o tempo todo. Assumem o papel de mães, profissionais, filhas, esposas, amigas, entre outros atributos comuns à mulher moderna. Mas também amam, sofrem e fazem charme.

Cheia de atitudes e opiniões, elas carregam o fardo da independência, principalmente, quando o assunto é relacionamento e penam por isso. "Muitos homens têm receio de se envolver com a mulher que paga as contas, sabe usar a furadeira e até toma iniciativa na hora da conquista", explica a psicóloga Tânia Vieira. Mas tem como lidar com essa situação sem precisar mudar?

De acordo com a especialista, os estereótipos atribuídos a estas mulheres são tentativas masculinas inconscientes de não perder a função social de provedores do lar e de macho dominante na relação. O problema é que, com a emancipação da mulher no mercado de trabalho, a independência financeira e emocional se tornou muito comum e já são raras as mulheres que vêem o casamento como único plano de futuro. "Elas querem ser bem sucedidas, bancar sua liberdade e isso assusta muito os homens", explica ela. O jeito é arranjar um meio termo para conseguir se impor sem assustar. A seguir, a especialista dá as dicas.

Ela ganha mais

Uma das coisas que mais incomodam os homens é sentir que a mulher não é dependente dele para se sustentar financeiramente. "É algo cultural, eles foram criados assim, para serem provedores naturais do sustento da família, e se sentem incapazes quando ocorre o contrário", explica a psicóloga. Para Tânia, uma solução simples para driblar o desconforto e manter a harmonia é aceitar que ele pague a conta no jantar de vez em quando ou dividir as obrigações financeiras. "Mostre a ele que não é o fato de pagar a conta que faz com que você se sinta protegida por ele", sugere a psicóloga.

Outro ponto que incomoda é namorar uma mulher que valoriza o sucesso profissional e busca ascensão na carreira. "Geralmente, os homens se sentem inferiores ou acham que estão sendo trocados pela vida profissional da companheira", explica Tânia. "O ideal é partir para uma conversa franca e explicar que o rapaz é importante na sua vida e que profissão e amor têm pesos importantes e diferentes para você".Uma alternativa é deixá-lo participar, de alguma forma, da sua rotina profissional, pedindo a opinião dele em relação a algum assunto do trabalho, por exemplo.


Aceite a gentileza

Muitas mulheres levam tão a sério os direitos iguais entre os sexos que recusam cortesias e gentilezas dos homens como carregar a sacola das compras ou trocar a lâmpada que queimou. Segundo Tânia, a psicóloga explica que o radicalismo pode levar a repulsão do sexo oposto e que o meio termo é sempre a melhor medida para o amor: "Se ele tem a necessidade de ajudar, não precisa brigar, deixe ele fazer a gentileza", sugere Tânia.

Ela toma a iniciativa primeiro

Na hora da conquista, a maioria dos rapazes querem se sentir no domínio da situação, gostam de dar as regras do jogo e de seduzir. Por outro lado, a nova geração de mulheres independentes está mais confiante e parte logo para o ataque. E aí vem a questão: como colocar para fora suas vontades sem afugentá-los? "Ele espera surpreender, e quando ela toma a iniciativa, o homem fica sem reação", explica a psicóloga.

Para não assustar os rapazes nesta hora, seguem as dicas da psicóloga
- Deixe que ele comece o jogo na hora da sedução. "Aceite os olhares e o flerte e espere para ver o que ele vai fazer", diz Tânia.

-Se ele não chegar em você, segure-se e se aproxime sem tanta iniciativa para não assustar. "Eles não estão acostumados com isso, podem se assustar e depois não tem como reverter a situação", explica Tânia. "Que tal dar um sorriso e chegar perto, sem atropelar o tempo dele?".

-Deixe-se surpreender, pode ser interessante. "Às vezes, deixamos de sentir as coisas em função dessa independência e depois percebemos que, na verdade, deixar que ele te faça um mimo não vai te deixar menos independente", explica Tânia.


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