4 passos para controlar o excesso de ciúme
Entenda as causas do ciúme excessivo e aprenda a controlá-lo
para melhorar seus relacionamentos
Por Carolina Werneck
Fonte: www.dicasdemulher.com.br
De acordo com o psicólogo Michael Vincent Miller,
experiências emocionais negativas que tenham sido vividas por um dos lados de
um relacionamento podem afetar o desenvolvimento da relação. Atitudes como o
sentimento de posse e o excesso de ciúmes, segundo Miller, são decorrentes de
uma insegurança profunda, normalmente originadas nos relacionamentos familiares
durante a infância. Miller afirma que pessoas com esse tipo de comportamento na
idade adulta em geral tiveram uma infância e adolescência conturbadas e,
provavelmente, relacionamentos difíceis com os pais e pessoas mais próximas.
O ciúme é um sentimento próprio do ser humano, mas passa a
ser um problema a partir do momento em que deixa de ser apenas um sentimento
esporádico para se tornar uma obsessão constante.
Um relacionamento deve ser encarado como uma forma de
agregar valores positivos à sua vida. Serve para que se tenha companhia e apoio
em diversas situações ao longo da vida, mas não pode tornar-se “muleta” para
suprir carências emocionais ocasionadas por traumas ou perdas anteriores.
Devemos respeitar a individualidade do outro, e entender que há um conjunto de
fatores que tornam uma pessoa quem ela é. Estes fatores estão relacionados ao
seu passado, suas amizades, experiências que viveu e outros inúmeros detalhes
que não podem ser controlados pelo parceiro.
Vamos encarar o processo de possessividade e ciúme
patológico como um ciclo. A auto-estima baixa e a falta de amor próprio fazem
com que a pessoa se enxergue de modo inferior, mais feia, menos inteligente ou
bem-sucedida. Esses sentimentos de inferioridade levam à insegurança nos
relacionamentos em que essa pessoa se envolver.
Essa insegurança diz respeito principalmente ao medo de
perder o “objeto” amado – no caso, o parceiro. O ciumento passa a acreditar que
“não merece ser amado” e, portanto, será trocado por alguém melhor. A
insegurança por sua vez, gera a desconfiança: a pessoa passa a suspeitar de
traição e a enxergar fatos corriqueiros da relação como grandes problemas.
Quanto maior a desconfiança de uma “troca” iminente, mais baixa a auto-estima –
e assim o ciclo volta a se iniciar, aprofundando-se mais a cada vez.
Mas o que fazer para lidar com esses sentimentos tão
complexos?
Cuide da auto-estima
A máxima de que você precisa primeiro se amar para depois
ser amada pelos demais cabe perfeitamente aqui. Elabore uma lista com as suas
principais qualidades e cole em algum lugar visível – pode ser o espelho ou a
parede em frente ao computador, a idéia é vê-la muitas vezes ao dia para se
lembrar do que é muito bom em você.
Todo mundo tem defeitos, mesmo pessoas de sucesso, lindas e
simpáticas. O truque é aprender a conviver com eles, tentando melhorá-los
quando possível, mas sem se martirizar por possuí-los. Tem o dedo torto? Ronca?
É desastrada? Encontre seus defeitos e ria deles, faça piada de si mesma. Nada
supera o bom-humor – e seus efeitos a longo prazo são maravilhosos para a auto-estima.
Homens também adoram mulheres alto astral. Ao invés de ficar
emburrada porque uma mulher bonita passou e seu namorado olhou de canto de
olho, faça um comentário bem humorado sobre o ocorrido. Ele vai passar a te
admirar mais e a qualidade da relação vai subir, sem essas discussões bobas e
desnecessárias.
Releve
É preciso deixar claro: seres humanos olham para o que chama
a atenção. Você olha, suas amigas olham, o tio da padaria olha, até seu pai
olha. Por quê, então, seria diferente com o seu namorado?
Não há nada de extraordinário em admirar o que é obviamente
bonito, não queira exigir que seu parceiro seja indiferente a outras mulheres.
Esteja mais interessada no respeito propriamente dito. Não estamos dizendo que
você deve ou não deve perdoar traições concretas, porque isso é uma questão
pessoal. Mas não faça um escândalo porque ele olhou uma bunda, ou porque ele
disse que acha a Megan Fox uma gata. Saiba diferenciar o que é falta de
respeito e o que é simplesmente uma condição humana.
Controle-se
Se acontecer – vai acontecer – de notar que uma situação x
não se tratou de falta de respeito mas, ainda assim, sentir vontade de iniciar
uma discussão, conte até mil – ou dez mil. Cante uma música mentalmente, lixe
as unhas, leia um livro, qualquer coisa. Exercite o autocontrole. É difícil,
mas com o tempo você vai notar que está se tornando uma pessoa mais tranquila e
menos ansiosa, o que é benefício para o amado e, principalmente, para sua
própria saúde.
Procure ajuda profissional
Se, mesmo depois de tentar os passos anteriores, você
perceber que não conseguiu avançar, sempre é válido buscar a ajuda de um bom
terapeuta. Alguns traumas e carências estão tão estigmatizados na mente que
fica difícil livrar-se deles sozinha. Um psicólogo ou psicoterapeuta pode te
ajudar a enxergar melhor as causas da sua insegurança e a encontrar a melhor
forma de lidar com ela.
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