Carne vermelha faz mal à saúde?
Estudos sobre o assunto apontam vantagens e desvantagens do
seu consumo
Carolina Werneck
O ser humano se alimenta de carne
vermelha há mais tempo do que podemos calcular. Antes mesmo da descoberta do
fogo já utilizávamos a carne de outros animais como fonte de energia e, depois
que dominamos as chamas, esse consumo só cresceu. Mas a carne vermelha, em
particular, sempre foi ponto de divergência de opiniões.
Enquanto algumas pessoas são
categóricas ao enumerar suas desvantagens nutricionais para a saúde humana,
outras não abrem mão de ao menos um tipo de carne vermelha em suas refeições
diárias. Afinal, a carne vermelha faz ou não faz mal à saúde?
Como a maioria dos alimentos, a
carne vermelha também possui seus prós e contras. Apesar de haver muitos
estudos sobre o assunto, os resultados são divergentes e inconclusivos e acaba
ficando por conta da nossa consciência decidir consumi-la.
A carne vermelha é rica em
proteínas e nutrientes, dentre eles o ferro, o zinco e a vitamina B12 mas, por
outro lado, também possui uma quantidade enorme de gordura, que pode ser
prejudicial a diversas funções do organismo. Seguem, então, mais prós e contras
do consumo deste alimento.
Pontos a favor do consumo da carne
De acordo com o pesquisador
Michael Roussel, em artigo publicado na revista científica American Journal of
Clinical Nutrition, pessoas que seguem uma dieta com grande quantidade de vegetais,
frutas e grãos tendem a diminuir suas taxas de colesterol LDL (considerado
prejudicial à saúde) em até 10% quando passam a ingerir uma quantidade moderada
de carne magra todos os dias.
Em um estudo realizado pela
Deakin University’s School of Medicine, na Austrália, foi provado que um
indivíduo que ingere uma pequena quantidade de carne vermelha por dia estará
menos propenso a desenvolver depressão e distúrbios de ansiedade.
Pontos contra o consumo da carne
Já a Universidade de Harvard, nos
Estados Unidos, desenvolveu um estudo em março de 2012 sobre o tema e chegou à
conclusão de que o consumo de carne vermelha está associado a um aumento de 13%
no risco de morte. Somando-se a uma porção de carne processada (como um
cachorro quente ou duas fatias de bacon), o risco pulava para 20%.
Reza a lenda que a carne grelhada
é mais saudável, já que não usa óleo em seu preparo. No
entanto, segundo Roussel, conforme as gotas pingam no fogo abaixo da grelha são
formados compostos chamados aminas heterocíclicas, que são associadas à
ocorrência de câncer.
Enquanto os estudos de cunho científico não chegam a uma
conclusão definitiva, quem gosta de carne vermelha deve dar preferência aos
cortes magros e controlar a quantidade consumida já que, em matéria de alimentação,
os excessos nunca são aconselháveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário