Ciúme: até onde é saudável?
Não deixe que esse sentimento prejudique seu relacionamento
Por Amanda Saraiva
Fonte: www.dicasdemulher.com.br
Todas nós já tivemos ou
conhecemos alguém que já teve um relacionamento em que o ciúme imperava. É
certo que todo mundo tem um pouco. Só que este sentimento pode destruir,
atrapalhar ou dar aquela apimentada na relação. Se você tem problemas com isso,
mas acha que o caso está perdido, engana-se. Ao contrário do que muitas pessoas
pensam, há como conviver com o ciúme de forma saudável. E, para nos ajudar a
entender melhor o assunto, procuramos o especialista em relacionamentos e
ansiedades, Alexandre Bez, para falar sobre o assunto.
Os motivos podem ser vários,
entre inúmeros aspectos, como emocionais ou até por conta de uma situação
específica. No geral o ciúme está ligado à insegurança. Não existe um
sentimento diferente do outro, o que varia é o entendimento da situação por
parte de cada um. Mas Bez explica que não é por que alguém é inseguro que é,
necessariamente, ciumento. “Uma pessoa por ser insegura em outros pontos da
vida, mas não em seus relacionamentos”, diz.
Há ainda quem considere o ciúme
como um sinal de amor, o que não está errado, segundo o especialista. “Desde
que seja normal e não atrapalhe nem interfira na vida do parceiro, o sentimento
é uma demonstração clara de afeto”, comenta. Apesar disso, Bez ressalta que o
exagero pode indicar posse, e não amor.
Quando o sentimento é excessivo e
anormal, ou seja, quando as cobranças passam dos limites, ele pode ser
considerado uma doença. “O ciúme abusivo é aquele que traz tudo o que a relação
não precisa. Especialmente quando a outra pessoa é independente, madura e
racional”, comenta Bez.
Ao contrário do que muitas
pessoas pensam, há ciúme sadio, sim. Trata-se daquele que revela preocupação
com a relação e é controlado, e não exacerbado. “Quem ama, tem o medo de
perder, mas sabe se colocar em seu devido lugar, respeitando os limites do
parceiro, sem prejudicá-lo”, comenta o especialista.
Cada pessoa tem o ciúme num grau
diferente, de acordo com a sua personalidade. O saudável é não passar da dose
ou exagerar. “É importante observar a personalidade do parceiro. Geralmente, os
ciumentos em potencial são agressivos, possessivos e mandões. Acham que o outro
é uma propriedade que pertence a eles”, completa o especialista. Para
solucionar o problema, o casal deve dialogar para haver entendimento da
situação e do próprio relacionamento. Assim, se o ciúme não tiver fundamento, o
assunto será resolvido rapidamente.
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