Desilusão amorosa: entender para
superar
Decepcionar-se faz parte da
natureza dos relacionamentos amorosos, mas é possível superar o trauma e voltar
a ser feliz.
Por Carolina Werneck
Fonte: www.dicasdemulher.com.br
“No amor todos os caminhos acabam
de forma igual – desilusão“. A frase pessimista, de autoria do escritor
irlandês Oscar Wilde, traduz com perfeição a dinâmica das relações amorosas.
Quem nunca sofreu uma desilusão, que atire a primeira pedra.
Por que é tão comum que as
pessoas se decepcionem em seus relacionamentos? Os motivos são inúmeros, mas,
em geral, há duas razões básicas: excesso de expectativa ou uma mudança muito
grande de comportamento da parte do parceiro.
A desilusão é sempre causada por
infidelidade?
Não necessariamente. Embora
desilusão e infidelidade andem de mãos dadas, não é preciso que a outra parte
seja infiel para que nos sintamos “enganados”. Muitas vezes o comportamento
causador da decepção nos magoa por outros motivos. Atitudes como a falta de
sensibilidade e respeito por nossas vontades e objetivos, e até mesmo por
nossos sentimentos, podem nos soar mais agressivas do que seria uma situação de
infidelidade.
Ainda que a traição tenha se
concretizado, é complicado afirmar que ela é a única responsável pelo
sentimento de desilusão amorosa. Na maioria dos relacionamentos, a traição
acontece quando o casal já está passando por uma série de outros problemas há
algum tempo. Ela seria, então, o ápice de uma falha pré-existente.
O fato é que há pessoas que
continuam lutando contra uma separação iminente, preferindo suportar a dor de
uma traição, por exemplo, a admitir que o relacionamento chegasse ao fim.
A importância da autoestima
Há quem afirme que não podemos
culpar o parceiro pelas desilusões sofridas. Analisando friamente a questão, a
afirmação não é completamente descabida. Quando o relacionamento passa a ser
visto como uma tábua de salvação, a tendência é que a pessoa deixe de analisar
a situação de modo racional.
Para que isso não aconteça, é
fundamental saber separar as coisas. Respeite-se, acima de tudo. Conheça suas
limitações e não tente esticá-las apenas para manter um relacionamento
obviamente fadado ao fracasso.
Ninguém muda ninguém
Tente enxergar de forma clara a
personalidade do outro, seus costumes e a maneira como costuma agir. Tenha em
mente que esses hábitos não podem ser modificados por você. Traços de caráter e
personalidade são construídos ao longo de muitos anos de vida e um
relacionamento (por mais fortes que sejam os sentimentos) não é capaz de
mudá-los de uma hora para outra.
Portanto, ao escolher um
companheiro para se relacionar, observe a maneira como ele reage a determinadas
situações. Se achar que uma ou outra característica te desagrada gravemente,
pule fora. Elimine a possibilidade de sofrimento futuro e espere a pessoa certa
aparecer.
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